Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

quarta-feira, 7 de março de 2012

ASSISTENCIALISMO NÃO MESMO!...

Boa noite, Moro em BH, tenho 1 filha e vejo a dificuldade que é encontrar um lugar para deixar os filhos, a não ser em escolas de tempo integral que tem um valor elevado. Criei inclusive um Blog para trocas de informações sobre o assunto e estou pensando em abrir um espaço onde as crianças poderiam ficar para brincar, tomar banho, alimentar-se e fazer "para casa". A minha dúvida é: Posso ter funcionários auxiliares que ficarão responsáveis pela parte recreativa e cuidados pessoais e professores apenas para auxiliar no "para casa"?


Prezado anônimo,

Realmente a procura é maior que a demanda com relação à vagas em creches em todo o país mesmo sendo um direito da criança, segundo a LDB/96.  Falta mobilização dos pais e sociedade a fim de pressionar o Governo federal e consequentemente o Estadual e Municipal para que atendam a lei vigente, enquanto ficarmos esperando de braços cruzados, pouco será feito, ou seja, no tempo deles que é longo pra caramba!

Nos moldes que deseja abrir seu "espaço", não se pode chamar de creche, pois nas creches as crianças devem ser cuidadas e educadas por um único profissional com o nível de no mínimo Magistério de escolaridade, esse local seria de assistencialismo que vem sendo combatido com afinco por aqueles que acreditam numa educação de qualidade. Conseguir fazer o que deseja, hoje não é difícil, haja vista que em Angra acontecerá um concurso público para auxiliar de berçário com o nível de escolaridade FUNDAMENTAL, isso tudo debaixo das barbas da justiça e do MEC  que nem se movem, até por que eles criam as diretrizes, metas e leis mas não existe punção para quem não cumpri.

Podemos lhe sugerir que abra uma creche dentre os moldes exigidos pelas legislações educacionais e suas respectivas normas, dessa forma estará contribuindo para a erradicação do assistencialismo no Brasil, as crianças tem direito a profissionais qualificados para as ajudar em seu desenvolvimento global. Assim diz a lei...

Abraços!

Ps.: Dê-nos o endereço de seu blog para acompanharmos.


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